Formação Ensaios Clínicos | Como fazer resumos para leigos?

Nos dias 22 e 27 de junho, a Associação EUPATI Portugal realizou uma formação em linha subordinada ao tema “Ensaios Clínicos | Como fazer resumos para Leigos?”. O programa da formação foi dividido numa primeira sessão de caráter teórico e a segunda de caráter prático.

Na primeira sessão, Vera Gomes, EUPATI Fellow e Presidente da Associação Crohn/Colite Portugal, abordou os resumos para leigos, discutindo em que fase os leigos podem participar e apresentando o cenário ideal para essa participação. Em seguida, Ana Sofia Correia, associada da EUPATI Portugal e medical writer/tradutora médica, falou sobre os processos de validação de traduções. À semelhança da oradora Vera Gomes, apresentou também o cenário ideal para esses processos e destacou a sua importância. A finalizar a sessão, Raquel Redondeiro, representante da APIFARMA e da Bohering Ingelheim, abordou a perspetiva da indústria em relação aos resumos para leigos. Discutindo as barreiras na sua elaboração e no envolvimento dos doentes no processo, a oradora também partilhou práticas atualmente adotadas pela indústria neste contexto.

Na segunda sessão, os participantes tiveram a oportunidade de apresentar e discutir os trabalhos realizados em grupo, sendo possível retirar conclusões relevantes subjacentes ao tema.

Debateu-se que, na elaboração dos resumos para leigos, é necessário encontrar um equilíbrio entre fornecer explicações e não alienar o público. Entre os aspetos a melhorar referidos durante a formação destaca-se, por exemplo, o cuidado com a utilização de abreviaturas que nem sempre são claras para os leigos a quem se destina o resumo. Relativamente à definição de termos técnicos utilizados nos resumos, emergiu a discussão entre o que são reações adversas, efeitos adversos e efeitos indesejáveis. Para saber mais pode encontrar um artigo aqui: https://www.bmj.com/content/bmj/381/bmj.p917.full.pdf.

Foi também sugerido incluir uma breve explicação da doença e do seu impacto no dia-a-dia, para que, consequentemente, se promova uma maior relevância do estudo e da importância da participação dos doentes nos ensaios. Salientou-se, igualmente, que no âmbito de questões mais práticas relacionadas com o desenvolvimento do ensaio, a inclusão do número de deslocações dos doentes aos centros, por exemplo, pode promover uma cultura de confiança no acompanhamento realizado durante o estudo.

Após todas as sugestões foram feitas as considerações finais, encerrando a formação que decorreu de forma fluída e entusiasmada, incentivando um ambiente propício para discussões e debates que promoveram a troca de conhecimento e esclarecimento de dúvidas.

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